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Cantigas Infantis

Oii… recebi, hoje, o link com o vídeo que o Lucas Fonseca, da Produtora de Multimeios – UFJF, gravou um pouquinho no colégio.

Quem desejar conhecer o passaporte para o mundo fantástico das crianças, clique em http://www.ufjf.br/produtoradenoticias/2012/06/04/cantigas-infantis/

Beijinhos…

 

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Arquivado em Educação Infantil, Música

A música na escola

Boa tarde! Hoje, no Programa da rádio, conversamos sobre a inclusão do conteúdo de música nas escolas. Depois de muito papo, risadas e um bom aprendizado, coloco aqui as principais informações mas, aproveito para agradecer a Valéria, o Balboa e o Lula que tornam minhas terças muito mais alegres. Adoro vocês!!!

PRAZO

O ano de 2011 é o limite para que toda escola pública e privada do Brasil inclua o ensino de música em sua grade curricular. A exigência surgiu com a lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, pelo Presidente Lula, que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica. “O objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos” diz a professora Clélia Craveiro – conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação).

Nas escolas, a música não deve ser necessariamente uma disciplina exclusiva. Ela pode integrar o ensino de artes. A música é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que engloba, ainda, as artes plásticas e cênicas. A idéia é trabalhar com uma equipe multidisciplinar. Cada escola tem autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político-pedagógico.

SÉRIES DA EDUCAÇÃO BÁSICA QUE TERÃO AULAS DE MÚSICA

A lei nº 11.769 tornou o ensino de música obrigatório na Educação Básica (que engloba Educação Infantil e o Ensino Fundamental). Mas ela não especifica se todas as séries devem ter a música incluída em sua grade curricular. “Assim como a quantidade de aulas por semana, isso teria de ter sido definido até este ano, junto aos sistemas de ensino estaduais e municipais”, diz Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação). Segundo a presidente nacional da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), Magali Kleber, cada secretaria está preenchendo esta lacuna do seu jeito. “Isso revela uma riqueza de que como é possível ter vários projetos pedagógicos para o ensino de música. Já que está tudo parado em âmbito nacional, isso tinha que ser resolvido nos estados”, afirma. A não especificação de alguns pontos da lei permite que em diferentes anos de estudos se tenha diferentes tipos de aula de artes. Tudo depende da proposta político-pedagógica de cada escola.

OBJETIVOS DO ENSINO DE MÚSICA

“A música contribui para a formação integral do indivíduo, reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de movimentos”, explica Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical, (ABEM) e diretora dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em Música e Educação Musical da FMCG (Faculdade de Música Carlos Gomes). O trabalho com música desenvolve as habilidades físico-cinestésica, espacial, lógico-matemática, verbal e musical. “Ao entrar em contato com a música, zonas importantes do corpo físico e psíquico são acionadas – os sentidos, as emoções e a própria mente. Por meio da música, a criança expressa emoções que não consegue expressar com palavras”, completa Sonia Regina. “A música fez bem para a autoestima do estudante, já que alimenta a criação”.

O QUE SERÁ ENSINADO AOS ALUNOS

O ensino de música não é como antigamente, quando se aprendia as notas musicais e canto orfeônico, mas o que as crianças devem aprender nas aulas? O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil.

A lei não especifica conteúdos, portanto as escolas terão autonomia para decidir o que será trabalhado. “É muito complicado impor um conteúdo programático obrigatório para as aulas de música, quando a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9294/96 privilegia a flexibilidade do ensino”, diz Sonia Albano, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical (ABEM), para quem o mais importante seria trabalhar a coordenação motora, o senso rítmico e melódico, o pulso interno, a voz, o movimento corporal, a percepção, a notação musical sob bases sensibilizadoras, além de um repertório que atinja os universos erudito, folclórico e popular.

“Os professores estão privilegiando projetos simbólicos que já vem da realidade dos alunos, priorizando um capital social trazido pelos alunos para que seja ampliando. Assim, é possível chegar a ensinar músicas de todo mundo e de diferentes épocas”, diz Magali Kleber, presidente nacional da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical). “O ensino de música deve envolver o capital simbólico e cultural da região da escola. Deve-se trabalhar com uma perspectiva antropológica, envolvendo os pais, os alunos e contexto sócio-cultural”, completa.

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA ESCOLA

A educação física desenvolve o físico enquanto a música desenvolve a mente, equilibra as emoções proporcionando paz de espírito, na qual o indivíduo pode melhor concentrar em qualquer campo de pesquisa e do pensamento.

A MÚSICA AUXILIA NO DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO

Aulas de música na infância realmente desenvolvem o cérebro. Pesquisadores alemães descobriram que a área do cérebro utilizada para analisar tons musicais é, em média 25% maior nos músicos. Quanto mais cedo começar o treino musical maior a área do cérebro desenvolvida. Depois de aprenderem as notas musicais e divisões rítmicas os estudantes de música tiveram notas 100% maiores que seus companheiros que tiveram aulas de frações pelos métodos tradicionais.

PESQUISAS SOBRE O DESEMPENHO DAS CRIANÇAS QUE TÊM ACESSO AS AULAS DE MÚSICA

A Universidade da Califórnia em Irvine descobriu que após seis meses tendo aulas de piano, crianças pré-escolares tiveram desempenho 34% melhor em testes de raciocínio tempero-espacial que aquelas que não tiveram, nenhum treino ou aquelas que tiveram aulas de informática.

Pesquisadores acreditam que a música é uma forma superior de ensinar os estudantes primários o conceito de frações. Crianças que estudam música saem-se melhor na escola e na vida, normalmente recebem notas mais altas nos testes de aptidão escolar.

Bom, com o prazo para a adaptação terminando, vamos ver como as escolas se organizarão para a inclusão da maravilha que é a música!

Minha dica de hoje é o CD Grupo de Percussão da UFMG com o Coral Infantil da Fundação Clóvis Salgado: Villa-Lobos e os Brinquedos Roda.

A ideia do CD é reconhecer o importante trabalho que Villa-Lobos realizou e trazer, com outras sonoridades, as canções das brincadeiras infantis, valorizando-as nos aspectos melódicos, rítmicos e harmônicos, com destaque aos timbres dos instrumentos de percussão.
As canções tiveram um toque especial pelo competente professor e diretor do Grupo de Percussão da UFMG Fernando Rocha que, além de fazer as adaptações dos arranjos para o grupo de percussão, orientou seus alunos no exercício de orquestração de algumas delas. As vozes das crianças são do Coral Infantil da Fundação Clóvis Salgado, sob a regência sensível e talentosa de Lara Tanaka.

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